Fonte; Associated Press - 15/jun/01
Por Marcos Calo Medina

ZAMBOANGA, Filipinas - O governo filipino declarou, na quinta feira (14/jun/01), que desistiu de tentar negociar com os extremistas islâmicos que detém mais de duas dúzias de reféns e mandou reforços para caçar os insurgentes de uma ilha do sul.

Além disso, o exército fornecerá armas aos civis da ilha Basilan para que eles apoiem os 5000 militares que estão caçando os rebeldes, informaram as autoridades na sexta feira.

Enquanto isso, não há sinais do corpo do refém americano que os rebeldes alegam ter decapitado. O governo disse que os rebeldes podem estar blefando. (...)

Os guerrilheiros do grupo Abu Sayyaf, que estão com os reféns, já declararam que não vão mais negociar. Na quinta feira, o Assessor de Segurança Nacional, Roilo Golez, afirmou que o governo também não fará mais nenhuma tentativa de dialogar.

"Não há mais sentido em conversar", disse ele. "Agora é guerra total."

Na sexta feira, Golez disse que as armas serão dadas a alguns dentre os milhares de atuais e ex-membros das milícias da ilha, embora não tenha dito a quantos. Espera-se que os ilhéus armados ajudem o governo a localizar os rebeldes Abu Sayyaf que têm eludido as tropas governamentais por duas semanas.

Civis armados têm ajudado o exército em recentes embates com o Abu Sayyaf. Outros milicianos já lutaram em suas aldeias e vilas para expulsar os rebeldes. (...)

A presidente Gloria Macapal Arroyo avisou, em cadeia nacional de televisão, que eliminar o Abu Sayyaf pode significar "uma longa e sangrenta guerra".

O Gen. Romeo Dominguez, comandante das forças em Basilan, disse que pelo menos 16 soldados foram mortos e mais de 50 feridos em confronto com os guerrilheiros nas últimas duas semanas.

Felix Dalugdugan, vice prefeito da cidade de Lantawan, em Basilan, disse que 80 rebeldes atacaram a vila de Atong Atong na última quarta feira, mas foram repelidos por 38 civis armados e oito soldados. (...)