COLUMBUS, Miss. - por Shelia Hardwell - Liz Mokes é uma velhinha simpática, apreciadora de um bom carteado, que possui uma arma e sabe usá-la. Com 75 anos ela não tem medo de se tornar a próxima vítima do assassino que está aterrorizando os idosos em Columbus.

"Tenho uma pistola e qualquer um que entrar (em casa) vai prová-la" declarou ela enquanto jogava cartas com outros idosos no centro recreacional de Lowndes Park.

"Eu protejo minha casa com Smith & Wesson" complementou seu colega de jogo Joe Merritt.

Ocorreram cinco assassinatos não esclarecidos de cidadãos idosos nesta cidade próxima a fronteira com o Alabama desde 1996 e a polícia acredita que, pelo menos três, foram mortos pela mesma pessoa.

"Temos um assassino em algum lugar," disse Donald Freshour, delegado de polícia local. "Não quero dar falsa impressão de segurança a ninguém".

Muitos idosos não demonstram a mesma coragem da Sra. Mokes e muitos recorreram a mesma forma de proteção.

Juntamente com a explosão de vendas de alarmes e trancas muitas pessoas compraram armas, o que levou o comerciante de armas local a alertar o delegado Freshour.

O delegado disse que começou a oferecer aulas para ensinar aos novatos como e quando atirar. "Setenta e cinco porcento dos participantes têm 65 anos ou mais," declarou. "Não quero que eles atirem em si mesmos acidentalmente". (...)

Todas as vítimas residiam na parte norte da cidade e morreram de forma similar, mas Freshour reluta em usar o termo "serial killer". (...)

Columbus tem uma população de 24 mil habitantes, com belo casario clássico anterior a Guerra de Secessão, uma igreja metodista que que serviu de hospital durante a Guerra Civil e um bom número de indústrias. O prefeito George Wade não quer acrescentar a esta lista um "serial killer".

"Columbus é conhecida como uma cidade amistosa," disse ele. "Queremos continuar com esta distinção".

(fonte: The Nando Times, 18/dez/98)
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